Sob o sol dourado da savana, os tambores ecoam 🥁, chamando os filhos de África para lembrar quem são. O povo Bantu, com sua alma vibrante, dança sobre a terra sagrada 💃🏾🕺🏾, celebrando a fraternidade que os une como uma só família.
Às margens do rio, crianças brincam livremente 🌊👧🏾👦🏾, enquanto os jovens caçadores se aventuram na mata 🏹🐘, honrando os ciclos da natureza. O aroma da comida típica sobe ao céu 🍲🔥, reunindo homens e mulheress em torno da mesma mesa, compartilhando histórias e sabedoria ancestral.
Mas este é mais do que um canto de celebração – é um chamado! 📢 Um grito de igualdade, unidade e força! ✊🏾 África é rica, seu povo é poderoso, e chegou a hora de seus filhos despertarem! 🚀🌱 Vamos reconstruir nossa terra, com cultura, inovação e amor pelo que é nosso!
🌿 África renasce em cada batida do tambor! 🌿
"Povo Bantu" é a segunda faixa do álbum MassengaHomu (2025) do rapper Noma's... Participação: Sandra Produção: Leonel
Artista: Sistah Afrika Título: Godsconnect Beat: Fu da Siderurgia Gênero: Afro Rap Visuals: Mediageniusmz Produção: Beatzone Figurino e Makeup: Ni Afrika DOWNLOAD: MP3
A Conexão com os Deuses
A música "Godsconnect" de Sistah Afrika inicia com uma batida que, embora remeta a uma maquinação eletrónica, revela, através das suas texturas, uma essência afrocêntrica. A sonoridade evoca instrumentos tradicionais como a mbira e a mbila, criando uma melodia monotónica, mas profunda, envolvida numa aura psicadélica pelos efeitos eletrónicos de Fu da Siderurgia. No meio desta fusão de ritmos emerge a voz de Sistah Afrika, pausada e penetrante, transportando-nos para as profundezas das tradições africanas e da espiritualidade moçambicana.
“Em quase toda a África eles se encontram”, diz Sistah Afrika, referindo-se aos entes sagrados, intercessores e espíritos ancestrais. O poder das línguas autóctones africanas, enquanto veículo de invocação, surge como uma constante no discurso, e Sistah evoca figuras heroicas, mártires, que se alegram no outro lado, enquanto nos relembra a importância de honrar os antepassados: “A primeira gota vai para aquela gente antepassada que nos representa.”
A faixa transforma-se numa verdadeira antropologia sonora, uma aula de história cultural que confronta o esquecimento gerado pelo neoliberalismo e pela globalização, que ameaçam soterrar as raízes locais. Entre um hip-hop cadenciado e um canto envolvente, Sistah introduz um coro que nos fala dos sonhos como a janela pela qual os mortos nos aparecem, nos falam e nos guiam. A transição do português para o XiChangane é natural, como se a língua carregasse o peso e o segredo de gerações de guerreiros ngunis.
Neste encontro espiritual entre vivos e mortos, Sistah Afrika sugere que há uma cura, uma força que motiva e orienta os vivos, como se os antepassados os sussurrassem nos momentos de aflição: "Vai em frente, não temas". Há uma chamada constante ao regresso às raízes, à busca dos segredos ancestrais, lembrando-nos da importância de invocar os espíritos em momentos decisivos da vida.
E se o teu casamento não for o sonho que idealizaste? E se o teu emprego não for o que esperavas? Essas questões da vida social são elevadas, mostrando o quanto as nossas vivências dependem da intervenção dos intercessores espirituais. A homenagem a esses espíritos torna-se fundamental para que a vida flua como deve ser. Sistah Afrika, com uma voz melódica e espiritual, relembra a importância de ouvir essas vozes ancestrais, de regressar ao passado, e de não ignorar os conselhos dos que já partiram: "Volta ao passado, vai pedir o caminho, a essência, a verdade."
A batida da música transforma-se quase numa procissão espiritual, e com as onomatopeias e as vozes narrativas ao fundo, somos transportados para um outro universo. O presente colide com o passado, e as nossas mentes fundem-se com as dos heróis ancestrais, numa harmonia que transcende o tempo.
Esta é a mensagem poderosa de "Godsconnect", uma chamada à espiritualidade africana e à conexão com as raízes, num mundo que, por vezes, se afasta da sua essência.
Tem sido um grande prazer, crescer com outros criativos beatmakers através da partilha de conhecimento sobre #beatmaking e #performance no #bitwig Noites em branco passam pesquisando, estudando e praticando este jovem software #bitwig.
Participações em #masterclass com mestres do Bitwig alimentam o cérebro, me fazem evoluir como #beatmaker e como #humano.
O universo permite, os ancentrais iluminam esta jornada como aprendiz e como formador. Obrigado aos que participam das minhas aulas!